São Paulo tem mutirão de ablação para combate de tumores

Um mutirão de 20 procedimentos minimamente invasivos para remoção de pequenos tumores está ocorrendo nesta quarta (13) em hospitais públicos de todo o país. O procedimento é chamado de ablação por micro-ondas ou radiofrequência. A iniciativa é apoiada pela Sobrice, a Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular, que reivindica maior oferta desse procedimento dentro do SUS.   

A ablação para combate aos tumores funciona da seguinte forma: durante o procedimento, uma agulha ou sonda é inserida no local onde há o tumor, e com o uso de ondas de radiofrequência, as células cancerígenas são destruídas de forma precisa.  

O procedimento é muito recomendado para pequenos tumores e evita procedimentos de cortes cirúrgicos, conforme explicou o presidente da Sobrice, Denis Szejnfeld. 

Apesar de ser um procedimento caro e até um pouco tempo atrás, utilizado somente em hospitais particulares, Denis lembra que a tecnologia foi barateada ao longo dos anos e que com um investimento pequeno o SUS pode diminuir a fila de pacientes oncológicos.  

Uma consulta pública organizada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, o Conitec, também se encerra nesta quarta-feira. Já foram recebidas mais de 60 contribuições da sociedade civil. Nas considerações iniciais da Conitec, há recomendação da incorporação dessa tecnologia no SUS, avaliando que há melhoria na qualidade de vida do paciente. E apesar do impacto inicial para a incorporação da tecnologia ser de mais de R$ 25 milhões em 5 anos, estima-se que a economia para o SUS nesse período seja de mais de R$ 159 milhões.